De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com a maior incidência de ansiedade no mundo, cerca de 9,3% da população. Com a chegada do dia do psicólogo, em 27 de agosto, se mostra cada vez mais essencial participar do diálogo sobre saúde mental no país com o envolvimento dos profissionais de psicologia.
Além disso, depois da pandemia da COVID-19, os casos de transtornos mentais associados ao trabalho aumentaram. O Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho mostrou que a frequência desses casos dobraram entre 2020 e 2022.
“Boa parte dos casos referentes ao ambiente de trabalho são de síndrome de burnout, depressão e ansiedade. É importante ressaltar que um ambiente corporativo que não seja saudável favorece a frequência de colaboradores com transtornos mentais”, comenta Camila de Cássia Ribeiro, psicóloga na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
Para orientá-lo, Camila de Cássia Ribeiro reforça alguns sintomas que podem ser sinais para que a pessoa busque ajuda profissional:
- Lapsos de memória frequentes;
- Falta de motivação para realizar atividades rotineiras ou que costumam ser prazerosas;
- Mudanças bruscas de humor, irritabilidade e baixa autoestima;
- Sensação de vazio, ansiedade e pessimismo;
- Dificuldade de concentração.
A OMS, junto da Organização Internacional do Trabalho (OIT), apontam que cerca de 15% dos trabalhadores no mundo têm algum tipo de transtorno mental. “Além da questão psicológica, os transtornos também podem gerar sintomas e consequências físicas no paciente”, explica Camila de Cássia Ribeiro.
As diretrizes apresentadas pela OMS e pela OIT em 2021 também mostraram que cerca de 745 mil pessoas foram vítimas de acidente vascular cerebral (AVC) ou doença isquêmica do coração, em 2016, em decorrência de jornadas de trabalho semanal de 55 horas ou mais.
No entanto, Camila Ribeiro ressalta que não é somente as questões envolvendo trabalho que podem ser trabalhadas nas consultas com um psicólogo. O principal papel do profissional de psicologia é acolher e auxiliar o paciente com os conflitos internos que ele pode ter.
Via Estado de Minas