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Foi inaugurado na tarde desta sexta-feira, 28 de dezembro de 2018, o tão aguardado Distrito Industrial de Barroso, localizado as margens da BR 265, entre Barroso e São João del Rei, altura do Km 230. 

Apesar da localidade, temendo o tempo chuvoso, o Executivo optou pela cerimônia de inauguração na Câmara Municipal da cidade, no terceiro andar do Prédio dos Três Poderes. O evento, que começou com uma hora de atraso, contou com a presença da Banda Municipal de Barroso e uma tímida participação popular.

Além do Prefeito Reinaldo Fonseca (PSDB) e os vereadores da Casa, várias autoridades estiveram presentes no evento. Porém, apesar de terem sido, segundo a Chefia de Gabinete, convidados, nenhum ex-prefeito compareceu ao evento.

“O Distrito Industrial é a materialização do sonho de dar a Barroso uma alternativa concreta, substantiva e arrojada para a superação deste grande problema que vem causando o desalento dos barrosenses, que é o desemprego”, diz Baldonedo Napoleão, que discursou durante o evento. 

Além das homenagens e entregas de placas, a cerimônia também contou com o discurso do prefeito.

“Só temos agradecer. Nunca desistimos desta batalha, apesar de tantos problemas e obstáculos. Quero registrar também que não se trata do Eu, a conquista do Distrito é nossa, de todos que aram pela Prefeitura e lutaram”, disse Reinaldo, aniversariante do dia. 

Em seguida, boa parte dos presentes se dirigiram até a BR onde fizeram o descerramento da placa de inauguração, na entrada do Distrito que tem o nome do saudoso empresário Daniel Pantaleão. Na oportunidade, a vice-prefeita Deléia Napoleão (PPS) também fez um breve discurso as margens da BR 265. “Espero que todos que estão aqui, estejam torcendo para que tudo dê certo”, disse. 

A CRONOLOGIA DO DISTRITO 

Em 1992, disputando a eleição, na qual se tornaria prefeito da cidade mais uma vez, Baldonedo Napoleão (PSDB), hoje vereador na cidade, propôs a criação do Distrito Industrial do Estado no Município. Objetivo segundo ele era alavancar o desenvolvimento de Barroso, atraindo investimentos e, consequentemente, gerando empregos para a população e aumentando a renda local.

Em 1993 foi aprovado, por unanimidade, pela Câmara Municipal, o Projeto de Lei que autorizava a doação do terreno de 476.600 m2, na localidade do Mamono, para a Companhia de Distritos Industriais de Minas Gerais, a CDI. 

Já em 1995, Baldonedo, que não não se reelegeu Deputado Estadual, acabou assumindo a convite do então Governador do Estado, Eduardo Azeredo, a Presidência do CDI, onde assinou, depois de alguns entraves e embates, o Termo de criação do Distrito e a Ordem de Serviço para que a Diretoria Técnica da Companhia iniciasse a elaboração dos diversos projetos da obra do Distrito.

Com custo aproximado até então de R$500 mil, foi realizado em 1996, no governo Adelmo Graçano (DEM) a solenidade de lançamento da Pedra Fundamental. Por questões políticas e derrotas eleitorais as obras seguiram paralisadas por cerca de quatro anos e em 2000 o Governo extingue a CDI, ando a responsabilidade dos Distritos Industriais para a CODEMIG.

Ao longo dos anos seguintes, determinações judiciais e investidas de políticos trouxeram novas obras no entorno da BR 265 visando melhorias na entrada do Distrito. Energia elétrica e asfaltamento também foram instaladas e realizadas no local nos governos dos ex-prefeitos Zé Meneghin (MDB) e Arnauld Napoleão (PSDB).

Em 2012 é sancionada a Lei Estadual que autoriza a CODEMIG a transferir os distritos industriais do Estado aos respectivos municípios. Com mais investidas políticas, no governo da ex-prefeita Eika Oka de Melo (PP), foi construída a ETE-Estação de Tratamento de Efluentes e a Copasa implantou uma rede adutora que levaria água de um de seus reservatórios, localizado no Bairro do Rosário, ao Distrito. O projeto e a obra da adutora custaram mais de R$1 milhão aos cofres da CODEMIG. Ficou acertado entre a CODEMIG e a COPASA, que esta providenciaria até o final de 2018, a captação de água no Rio do Freire, na divisa entre Barroso e Dores de Campos, para aumentar o volume de água tratada e armazenada no reservatório do Jardim Europa, com o que se garantiria o abastecimento do Distrito Industrial.

Assim, em 2014, aconteceu o término de todas as obras do Distrito, inclusive as requeridas pela SUPRAM. De 2014 a 2018, com todas as obras concluídas, o Distrito Industrial ficou apenas aguardando a liberação de operação pelo órgão ambiental do Estado.

2016 o Distrito Industrial foi transferido para a responsabilidade do Município, tendo a Prefeitura ficado responsável pela sua vigilância, enquanto se aguardava a liberação da Licença Ambiental, último requisito para o início de operação do Distrito. 

Por fim, em 2018, com mais investidas políticas através da vereadora Verinha e influência no governo estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), aconteceu a liberação para que o Distrito Industrial de Barroso comece a operar.

 

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