Compartilhe:

A nova trama da Rede Globo, que vem reproduzindo histórias do Imperador brasileiro Pedro II, interpretado pelo ator Selton Mello, na nova novela das seis, durante a época do Brasil imperial, traz detalhes de trajes, usos e costumes da época e reproduz o cotidiano da corte brasileira no século XIX. Fazendo um paralelo irônico com a frase que virou marca, isso a Globo não mostra, a reportagem apurou o que poucos barrosenses sabem: o Imperador do Brasil esteve na região das vertentes.

De acordo com o historiador barrosense, Wellington Tibério, ele esteve aqui por duas vezes: primeiro para fiscalizar e posteriormente para inaugurar a Estrada de Ferro Oeste de Minas, a “linha do trem”, em 1881. “Ele ou pela estação de Barroso em 26 de abril de 1881 na companhia do diretor da Estrada de Ferro, Joaquim Lisboa”, conta Tibério que relata que há apenas um registro desta agem no diário pessoal dele. O imperador na ocasião estava acompanhado da Imperatriz Tereza Cristina e de sua comitiva que tinha como itinerário a cidade de Barbacena.

“Depois da rápida visita de três dias pela região, ele voltou para efetivamente inaugurar o empreendimento em São João del Rei, em 28 de agosto de 1881. Dessa vez, sem referências no diário de agem por Barroso. Contudo, consta uma outra informação no livro de Geraldo Napoleão de Souza, Barroso, Subsídios para a História do Município”, que mostra que o Imperador Dom Pedro II teria se hospedado na fazenda do Chiqueiro, à época pertencente ao casal João Francisco Pinto e Prudenciana Senhorinha de Meireles”, diz o historiador. A antiga fazenda, que ou a pertencer posteriormente a Júlio Pinto e seus herdeiros, porém com nova denominação,

Fazenda Boa Esperança, está localizada nas proximidades do trevo da cidade de Barroso. Outra informação da época, segundo Tibério, é que com a estação de Barroso já em funcionamento, foi inaugurado em 30 de setembro de 1880, o tráfego no polo de exportação, devido à abundante produção de cal na localidade. “Importante ressaltar que um dos funcionários que pertencia à primeira diretoria e aqui residia com sua família era o mestre-linha José Teixeira da Cunha, um português que veio a falecer em 1915. Já o último ferroviário que trabalhou na estação de Barroso, até sua desativação em meados da década de 1980, foi o senhor Altair Ferreira da Costa, o Sr. Tuti, como é conhecido.

A ferrovia, implantada pela antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas (EFOM), que mudou de nome algumas vezes, perdurou por mais de 100 anos. A Companhia que a istrava realizou seus trabalhos até 1931, quando ou a ser conhecida como Rede Mineira de Viação. No último dia 28 de agosto, foram comemorados 140 anos da EFOM. Em Barroso, a ferrovia funcionou até os anos 80.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *