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Moradores de Barbacena seguem sem previsão de restabelecimento de água. Em coletiva no início da noite dessa segunda-feira (15), o prefeito Carlos Du (PMB) afirmou que a liberação só vai ocorrer quando ao menos dois laudos atestarem a qualidade da água do rio das Mortes, contaminado com óleo diesel após acidente com um caminhão-tanque.

Segundo o prefeito, quando o fornecimento for novamente ligado, os moradores ainda vão ter que esperar o tempo necessário para regulação do abastecimento, que pode variar entre três e cinco dias. “Precisamos ter segurança de que a água está segura para consumo. Estamos falando de uma contaminação altamente tóxica”, afirmou.

O prefeito também disse que a população “pode ficar tranquila” quanto à qualidade da água que é fornecida de maneira prioritária. “Essa água vem do córrego Pinheiro Grosso, que não tem contato com o rio das Mortes [contaminado pelo óleo]. Essa captação continua bombeando. Estamos tratando essa água e distribuindo, mas é uma quantidade muito pequena”, comentou.

Nesta terça-feira (16), o município receberá do governo de Minas 360 galões de cinco litros de água potável e 339 caixas de copos de 200 ml. O conteúdo será destinado para os grupos prioritários, definidos pela prefeitura. “As medidas são adotadas para minimizar os impactos”, comentou o prefeito.

Na coletiva, a Prefeitura de Barbacena informou ter acionado a Justiça contra a empresa responsável pelo caminhão envolvido no acidente que contaminou o rio das Mortes. O município conseguiu duas liminares que obrigam a empresa a adotar ações diante da contaminação do rio.

A primeira é a realização de exames laboratoriais e adoção de medidas de limpeza e contenção do óleo. A segunda trata do fornecimento de caminhões-pipa para o abastecimento de água. Em caso de descumprimento, a empresa está sujeita a uma multa que ultraa R$ 200 mil.

“Como a empresa trabalha com transporte de combustível, acarreta o que chamamos de risco integral. Ou seja, tem o dever de reparar os danos independentemente de ter contribuído ou não com o acidente”, afirmou o advogado do município, Júlio César.

Via O Tempo

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