Mauro César de Oliveira, prefeito de Alfredo Vasconcelos, morreu após não resistir a um aneurisma na carótida esquerda. O político, de 36 anos, estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Judas Tadeu, em Oliveira.
Conforme a Secretaria Municipal do Gabinete, da Governadoria e Gestão de Alfredo Vasconcelos, Maurinho, como era conhecido, teve um mal súbito na terça-feira (30), em casa, enquanto almoçava. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu e morreu no domingo (4).
O que é um aneurisma na carótida esquerda?
Aneurisma é uma má formação que pode acontecer em qualquer artéria do corpo e a manifestação clínica mais comumente decorre da ruptura dessas artérias dilatadas. A carótida é uma grande artéria que irriga o crânio, onde um ramo interno vai para o cérebro e outro para a cabeça. Quando sofre uma obstrução, há o AVC isquêmico — quando falta sangue no tecido cerebral.
A presença de aneurismas nas carótidas é mais rara, mas quando acontece é grave.
Os aneurismas cerebrais quando rompem causam danos cerebrais graves. A mortalidade chega a 50% e a outra metade se recupera lentamente, com risco de sequelas motoras, sensitivas e cognitivas.
Quais são os sintomas de um aneurisma?
O aneurisma que não rompe pode crescer e comprimir áreas do cérebro gerando sintomas como:
- diminuição de força;
- alterações da fala e visão.
O mais comum é que o aneurisma cresça de forma assintomática e os sintomas só surjam com a ruptura, levando a intensa dor de cabeça, rebaixamento de consciência, vômitos e confusão mental.
Como é o diagnóstico?
O diagnóstico é feito a partir do histórico familiar e suspeita clínica. Já a confirmação é feita via exames de imagem como tomografia ou ressonância do crânio. Outra forma de investigar é através da punção do liquor.
Quem é geralmente afetado e quais são as causas?
Aproximadamente 20% dos aneurismas são de uma forma familiar, portanto, parentes de pessoas que tiveram aneurismas devem ser examinados e investigados apropriadamente.
Como é feito o tratamento?
O tratamento é realizado a fim de corrigir a dilatação da artéria acometida. A abordagem do aneurisma pode ser por meio de cirurgia ou por tratamento endovascular, de preferência antes da ruptura.
Uma vez rompido, além da clipagem de aneurisma, há o tratamento das complicações que ocorrem ao longo do tempo, sendo as mais complexas nos primeiros 30 dias após a ruptura.
Informações G1