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A Polícia Federal está investigando uma organização criminosa liderada pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Social (IBDS), suspeita de fraudar contratos públicos e desviar ao menos R$ 27,5 milhões de três prefeituras mineiras durante a pandemia de Covid-19. A quadrilha, que teria atuado com forte influência política, tentou direcionar recursos federais para ao menos 18 municípios mineiros, utilizando contratações sem licitação e superfaturadas para obter lucros ilícitos. A Operação “Entre Amigos II” resultou no indiciamento de 27 pessoas, incluindo Marcelo Luiz Alves, apontado como um dos principais articuladores do esquema.

A investigação, que é desdobramento de uma operação anterior em Divinópolis, revelou que a organização agiu entre 2018 e 2021, inicialmente tentando obter contratos em cidades como Matozinhos, Prudente de Morais e Confins, antes de firmar acordos em Divinópolis, Betim e Ribeirão das Neves. Nestas três últimas cidades, os desvios podem chegar a até 20% dos R$ 200 milhões pagos ao IBDS para a gestão de serviços de saúde.

Marcelo Luiz Alves, que possui vasta experiência em gestão pública, foi identificado como um lobista do grupo, facilitando o direcionamento de recursos para municípios em troca de contratos superfaturados. Em 2019 e 2020, uma empresa de fachada, ligada a Marcelo, recebeu R$ 6,8 milhões em contratos com o IBDS, dos quais pelo menos 50% foram desviados.

 

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