Três pessoas foram presas durante a operação “Midas”, deflagrada pela Polícia Civil nessa segunda-feira (20), no distrito de Correa de Almeida, em Barbacena. Os suspeitos fariam parte de um esquema de pirâmide financeira que gerou prejuízo de cerca de R$ 15 milhões.
Além dos mandados de prisão contra um homem e duas mulheres, a PC cumpriu quatro mandados de busca e apreensão. Os suspeitos prometiam às vítimas juros de 2% ao dia, com lucros que viriam, teoricamente, de operações na bolsa de valores.
Com base nas investigações e na análise do material apreendido, a Polícia deve dimensionar o tamanho do golpe financeiro aplicado pelos investigados. Apenas na cidade de Barbacena, a estimativa é que o grupo tenha gerado prejuízo de aproximadamente R$ 1,5 milhão às vítimas. Em outras regiões de Minas, a PC acredita que os suspeitos tenham captado cerca de R$ 15 milhões.
Os três presos foram encaminhados para a delegacia de Barbacena, sendo posteriormente conduzidos ao sistema prisional.
De acordo com a PC, o golpe investigado se assemelha ao chamado “esquema ponzi”, por meio do qual se cria uma pirâmide financeira em que os últimos clientes cadastrados pagam “taxas” para os primeiros “integrantes”. Dessa maneira, cria-se a expectativa de que um dia todos receberão os valores depositados, porém, os que chegam por último nunca serão beneficiados, por não haver mais captação de recursos.
A organização criminosa chegou a abrir duas empresas, entre elas, uma suposta corretora de valores, que não possuía qualquer autorização da Comissão de Valores Monetários (CVM) ou do Banco Central. A outra oferecia aulas com instruções sobre como operar na bolsa de valores. Todas as empresas tinham como intuito a captação de recursos e a lavagem de dinheiro.