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Um novo caso envolvendo complicações decorrentes de procedimentos estéticos tomou o noticiário do estado, após uma mulher de 38 anos ar mal e morrer em uma clínica localizada na região Centro-Sul de BH, nessa terça-feira (25). Na semana ada, várias vítimas denunciaram outro cirurgião relatando negligência médica e danos estéticos. Os casos estão sendo investigados pela Polícia Civil e acendem o alerta sobre os cuidados que os pacientes devem tomar ao decidir pela intervenção.

A primeira orientação do presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Regional Minas Gerais, Vagner Rocha, é procurar um profissional habilitado. “A pesquisa é para ver se o cirurgião plástico tem o registro de qualificação, e isso pode ser verificado pelo site do CRM (Conselho Regional de Medicina) ou da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. É um bom começo”, disse.

Buscar uma pessoa que já fez o procedimento com o profissional é determinante. “É uma referência, pois assim saberá o resultado. Às vezes, as pessoas se baseiam pelas redes sociais do profissional, observam os números de seguidores, no entanto, essa não é uma boa ideia. Sempre busque quem tenha referência na área”.

Uma vez que o profissional foi escolhido, o paciente deve se atentar à clínica onde o procedimento vai acontecer. “É de extrema importância saber se o estabelecimento de saúde tem liberação de alvará sanitário. A informação pode ser consultada pelo Disque Saúde da prefeitura ou ligando na Vigilância Sanitária. Ligando no 156 você vai obter a informação se o local tem liberação e qual o grau de complexidade para realizar o procedimento”, indicou.

“O paciente para submeter-se ao procedimento tem que estar em perfeita condição de saúde. Se tem pressão alta e diabetes, por exemplo, é preciso estar controlado do ponto de vista clínico. É analisar os prós e contras para indicar o procedimento”, complementou.

O presidente da entidade alerta para as pessoas ficarem atentas com as propostas tentadoras encontradas pela internet. “As redes sociais, às vezes, vendem um produto que por trás dele o profissional não tem certificação e sequer é especialista. Temos, em alguns casos, fisioterapeutas, biomédicos e dentistas que oferecem procedimentos, mas não têm a capacidade. O prático e consagrado é procurar alguém que fez o procedimento, ver o resultado e depois marcar uma avaliação”.

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