A retomada da criação de empregos tem desencadeado uma movimentação entre os trabalhadores nas duas cidades, segundo a analista de Recursos Humanos Carla Mendes.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), vinculado ao Ministério do Trabalho, apontam que, em agosto, Juiz de Fora registrou 978 desligamentos a pedido dos próprios trabalhadores e Barbacena contou com 130 casos.
Em Juiz de Fora, entre os meses de janeiro e agosto foram registradas 34.353 demissões, sendo que 7.529 foram realizadas a pedido dos próprios funcionários, o que equivale a 21,91%.
Em Barbacena, no mesmo período, houve 4.651 desligamentos. Desses, 864 foram pedidos de forma espontânea pelos trabalhadores, o que representa 18,57%.
De acordo com a analista de Recursos Humanos de uma empresa de Barbacena, Carla Mendes, a maioria dos pedidos espontâneos de demissão acontece porque, com o crescimento na abertura de novas oportunidades de emprego, trabalhadores estão migrando de uma empresa para outra.
“A maioria das issões que a empresa realizou entre os meses de janeiro e agosto foi de funcionários que pediram demissões em outros locais para aproveitarem as oportunidades que nós estávamos oferecendo”, explicou.
CONTRATAÇÕES
No acumulado de 2018, as cidades de Juiz de Fora e Barbacena estão entre as que mais criaram vagas de emprego, ocupando a segunda e terceira colocações, respectivamente, ficando atrás apenas de Ubá.
“Com a retomada do mercado de trabalho, ainda que mais fraco do que o esperado, a quantidade de pessoas que muda de emprego tende a subir”, afirma Sérgio Firpo, professor do Insper, instituição de ensino e pesquisa nas áreas de istração, economia, direito e engenharia sediada em São Paulo (SP).
DESEMPENHO NACIONAL
No Brasil, entre janeiro e agosto, 2,253 milhões de brasileiros pediram demissão de forma espontânea das empresas. O número equivale a 23% do total de desligamentos registrados no país no período.
Até agosto deste ano, o Brasil criou 568.551 empregos com carteira assinada em todo o país. A expectativa é que o país encerre o ano com saldo positivo, apesar de as expectativas estarem sendo revisadas para baixo diante do crescimento mais fraco.