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Minas Gerais registrou a 21ª morte por meningite pneumocócica em 2022 após um bebê de apenas 3 meses não resistir à doença no último domingo (9), em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, houve um aumento de 40% nos óbitos em comparação a todo o ano de 2021, quando 15 pessoas faleceram em decorrência da enfermidade.

Até a última quinta-feira (13), Minas contabilizou 68 casos de meningite pneumocócica em 2022, mais que o dobro dos 29 diagnósticos do ano ado.

De acordo com o doutor Roney Coimbra, especialista em meningite da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o crescimento da doença pode ser explicado pela baixa vacinação dos grupos de risco, como crianças, adolescentes, idosos e pessoas imunossuprimidas.

“Em decorrência da pandemia, esses anos em que a gente ficou recluso, acabou causando um baixo comparecimento para vacinação, principalmente dos pais que são responsáveis das crianças”.

Em 2010, o Brasil incluiu a vacinação contra a meningite meningocócica e pneumocócica no calendário do Sistema Único de Saúde. A produção das vacinas é feita pela Fiocruz.

O SUS distribui vacinas que cobrem outros sorogrupos além daqueles mais recorrentes no Brasil. A vacinação contra o sorogrupo A, que circula na África e na Ásia, também é importante para que não haja casos no país.

“A gente tem uma queda da cobertura vacinal importantíssima no Brasil para várias doenças, inclusive meningite. Meningite é uma doença extremamente grave que pode levar criança a óbito em 12 horas”, alertou Roney Coimbra. destacando que anteriormente os programas sociais exigiam a caderneta de vacinação.

Considerando todas as variantes, Minas Gerais registrou 626 casos de meningite em 2022. Do total, 91 deles resultaram em mortes. No ano ado houve 519 diagnósticos e 51 óbitos.

Via Estado de Minas

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