Minas Gerais pode enfrentar uma nova epidemia de dengue em 2024. Nos primeiros dias deste ano, o Estado registrou aumento de casos acima do esperado para o período. A doença pode ter feito uma vítima já neste ano. A dengue é investigada como a causa da morte de uma adolescente de 17 anos em Timóteo, no Vale do Aço. O crescimento do número de diagnóstico vem após um ano considerado endêmico: em 2023 houve um crescimento de 330,5% no número de diagnósticos em relação a 2022. Além da morte da garota, outro ponto que aumenta a preocupação das autoridades em saúde é com relação ao ressurgimento do tipo 3 da dengue – que há mais de 15 anos não causa epidemias no país.
No ano ado, Minas Gerais registrou 321.038 casos de dengue, uma média de quase 880 por dia, e 198 mortes. Em 2022, foram 74.796 casos (246.242 a menos), uma média de quase 205 por dia, e 68 óbitos. Os dados preliminares de janeiro indicam aumento de casos neste ano em relação a 2023. Foram 415 nos oito primeiros dias, contra 100 nos dez primeiros do ano ado, crescimento de 315%. Historicamente, Minas Gerais registra epidemias de dengue a cada três anos. Antes de 2023, o último ano epidêmico foi em 2019, quando foram 413.717 casos e 195 mortes.
Para evitar contágios, o governo de Minas Gerais informou que vai rear R$ 80,5 milhões para ações de conscientização e mobilização sobre os focos do mosquito.
O infectologista Leandro Curi analisa o cenário para 2024. “Esperamos volumes altos de pessoas infectadas, enchendo serviço de saúde, como no ano ado. A tendência é que, até o fim do período chuvoso e do verão, os casos cheguem a um nível muito alto”, explicou.