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O cenário abriu brechas para o retorno das crises de ansiedade e depressão, que, desde então, só têm sido superadas com medicamentos de uso controlado.

O adoecimento mental, que já atinge 1 bilhão de pessoas em todo o mundo (uma a cada oito), segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), teve uma escalada com a pandemia. O cenário desencadeou aumento de 25% na prevalência de ansiedade e depressão em todo o mundo, só no primeiro ano de pandemia, segundo a OMS.

A alta de casos foi sentida também dentro do consultório, pelo psiquiatra Bruno Carreira. “Sem dúvida, os casos mais frequentes são os de ansiedade e depressão. Principalmente os quadros de ansiedade, que subiram bastante, acredito que ainda como reflexo da pandemia, do cenário econômico, do desemprego”, avalia.

Nessa situação, o especialista destaca a maior importância para o tratamento adequado em saúde mental, que ele reforça que não é “frescura”. “As doenças mentais são estigmatizadas, principalmente por se tratar da mente, que é algo subjetivo. Pensam que é falta de força de vontade, de caráter. Não conseguem perceber a patologia naquilo que não conseguem ver”, detalha.

A tristeza ou agitação são partes da vida, mas a persistência de sintomas de ansiedade ou depressão pode exigir tratamento (leia mais na galeria acima). Para a psicóloga Carol Campos, é importante que as pessoas conversem mais sobre o que sentem, para assim perceberem que não são as únicas que podem estar com dificuldades. “Na época da pandemia, já teve esse aumento da percepção das pessoas sobre a necessidade de fazer o tratamento de saúde mental”, conclui.

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