Durante toda a carreira, o salário de um professor das redes estaduais do país não ultraa, na média, 50% do que ganhava ao ingressar na profissão. A pouca possibilidade de melhora na remuneração é resultado da ausência de políticas que valorizem experiência, formação e avanços acadêmicos dos profissionais.
O dado é de uma pesquisa feita pelo Movimento Profissão Docente com informações das secretarias estaduais de Educação em setembro do ano ado. O estudo aponta que, apesar de o salário inicial ter avançado nos últimos anos, houve um achatamento da carreira. Ou seja, não há previsão de evolução salarial ao longo dos anos para os professores.
Desde a criação do piso nacional em 2008, o salário inicial dos professores das redes estaduais vem melhorando de forma contínua. Esse avanço, no entanto, não é acompanhado de melhorias nos rendimentos ao longo da carreira.
Assim, a diferença de salário pago aos iniciantes e aos que estão no topo da carreira se torna muito pequena ou até mesmo inexistente.
Segundo a pesquisa, em 19 unidades da federação o maior valor possível de remuneração é até 50% maior do que no início da carreira. A amplitude salarial média no país é de 48%.
Além da desmotivação, a falta de perspectiva de melhores salários também leva os docentes a deixarem as escolas estaduais. Sem aumento salarial real por mais de uma década, a professora Paola Costa, 35, decidiu deixar a sala de aula no ano ado.
Via Estado de Minas