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Em tempo não muito distante, nascera um garoto em uma pequena cidade do interior. Sua mãe, uma jovem de ainda 20 e poucos anos, dividia sua atenção entre sua filha um pouco mais velha e a criação de seu novo rebento. Como na maioria dos casos, além de istrar a casa e tomar conta dos filhos, ainda trabalhava fora, como professora, isso desde muito nova. Quando acreditava que sua família estava pronta, eis que vem uma nova filha, a qual encheu de cuidados, mas com seu tempo ainda mais reduzido, já que, para ajudar na manutenção da família, agora já não trabalhava em um, mas em dois empregos.
Os desafios, cada vez maiores, pareciam não ter fim. Vinda de família grande, com muitos irmãos e irmãs, ainda encontrava tempo para visitar seus pais que moravam em outra cidade, com total carinho e afeto. Não poupou esforços no cuidado de seus pais nos momentos de graves doenças e de suas partidas.
Foi mais longe. Ainda com a filha mais nova na primeira infância, decidiu estudar. Fazer faculdade era seu sonho. E trabalhando pela manhã e a tarde, ainda cuidava de sua casa e estudava todas as noites, tendo que encarar não só as dificuldades do estudo, mas, também, as idas e vindas na estrada, já que estudava em outra cidade. Foram anos de dedicação e renúncia, mas que, no fim, serviram de boas lembranças quando atingido seu objetivo.
No meio dessa vida atribulada, perdeu ainda dois dedos da mão direita, em dois acidentes diferentes. O segundo, quando perdeu parte do polegar, lhe trouxe um desafio ainda maior: reaprender a escrever para que pudesse ensinar seus alunos a escrever… Um desafio e tanto para aquela que já desde criança não tinha parte do dedo indicador.
Mas esses desafios não foram páreos para ela. Ela queria mais, decidiu estudar mais, e mesmo com quase 50 anos de idade, ingressou no curso de Mestrado e se formou. E mais, além de ensinar crianças e jovens, ou a ensinar no Curso Superior, preparando as novas professoras para o lindo mundo do magistério.
Severa, sempre trouxe a família sobre rédea curta. Exigiu e pagou para que seus três filhos estudassem e se formassem. Mas, como só ela, cuidava de cada um como se fosse único e mantinha afeto e carinho que só ela sabe dar.
Prezados leitores, peço desculpas por trazer essa história neste mês, mas esta é uma história de uma mulher de fibra e valor, como tantas outras mães que vivem em nossa sociedade. Essa é a história de minha querida mãe, a qual resolvi trazer nessa coluna não só como forma de agradecê-la e homenageá-la neste dia das Mães, mas, também, como forma de encorajar para que todos os leitores também homenageiem suas mães.
Essas mulheres de fibra e que amam seus rebentos acima de tudo, merecem ouvir de cada um de seus filhos o quanto são amadas e importantes para cada uma de nós.
Não deixemos para o futuro o que podemos fazer hoje. Não esperemos que a morte as levem ou a doença as comprometam para que possamos demonstrar nosso carinho por estes seres tão especial. Aproveitemos esse dia das mães para dizermos o quanto as amamos e o quanto somos felizes por tê-las como mãe.
À minha mãe, minha querida “Jurema”, meus votos de feliz Dia das Mães e que a vida lhe reserve ainda muitas alegrias.
E a todas as mães, um enorme respeito por tão digno ministério confiado por deus a vocês. Um beijo a todas as mamães de nossa querida Barroso!
por Gian Brandão

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