A cultura de um lugar mostra muito o que é o seu povo. Crendices, lendas, histórias, festas populares e “causos” são tradições no interior do nosso Brasil que não podem ser apagadas e que trazem enorme alegria aos habitantes de nossas cidades interioranas. A manutenção das tradições é uma obrigação de todos nós, que devemos valorizar nossa cultura para que esta e de geração em geração e não tenha fim. No mês de maio que se findou há pouco, fomos testemunhas de duas festas religiosas que são muito tradicionais em nossa cidade: A Festa de São José e a Festa de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.
A tradição religiosa continua sendo mantida, com tríduo, novena, missas festivas e participação de grande parte da população não são dos bairros São José e Jardim Bandeirantes, mas de moradores de toda a cidade. Não temos dúvida que a tradição religiosidade em nossa cidade é rica e viva. A participação nas celebrações religiosas é sempre grande e, com as redes sociais, tem crescido ainda mais. Contudo, a parte social das festas deixou um pouco a desejar.
Há poucos anos, lembramos da Festa de São José com a rua da Igreja lotada de pessoas, com participação de crianças, jovens, adultos e idosos nas barraquinhas da “quermesse”, jogando bingo, participando do leilão, pescaria e tantas outras. O mesmo se diga da Festa de Nossa Senhora de Fátima, onde a participação popular era ainda maior. Lembro-me de uma oportunidade, no fim da década de 90, quando a “Bando do Padre Fábio”, da qual me orgulho de ter feito parte, fez um show para centenas de pessoas em uma segunda-feira de Festa de Nossa Senhora de Fátima. Isso sem haver feriado. As festas eram grandes e a participação popular era enorme. Mas, neste ano, poucas pessoas participaram da parte social, com barraquinhas vazias e um certo desânimo. Para nós, a parte religiosa da festa, de fato, é a mais importante. Apesar disso, a parte social também é muito importante, proporcionando a reunião de famílias e amigos, animadas disputas no leilão, gritos de “Bingo” e boas conversas entre os participantes. Isso é cultura. Isso é tradição. E não podemos deixar que estas festas tão tradicionais sejam esquecidas por nós. Devemos apoiá-las, participando efetivamente da parte social, proporcionando aos nossos filhos e netos as mesmas alegrias por nós vivenciadas em uma saudosa época de nossas vidas.
Neste mês de junho, é época de comemorar Santo Antônio, São Pedro e São João. Santos católicos que são comemorados em todo o Brasil em Quadrilhas e “Festas de São João”. Nossa cidade sempre comemorou essas datas, não só em festas religiosas, mas, também, em festejos populares e sociais. Como se esquecer do “Forró do Guede” ou do “Forró do Alonso”?
Assim, o que queremos chamar a atenção é que estas festas populares merecem e devem ser apreciadas por nós. A tradição merece continuar. A cultura é um bem que deve ser cultivado por todos nós.
Que neste mês possamos participar ativamente dos festejos juninos, nos divertindo e mantendo a tradição. Afinal de contas, pé-de-moleque, canjica e quentão são irresistíveis…
E viva São Antônio, São Pedro e São João!
por Gian Brandão