Inicio esse texto com o seguinte questionamento, dando prosseguimento a linha de discussão da postagem anterior: Quem tem responsabilidade sobre a recuperação do Rio das Mortes e da criação de Unidades de Conservação (UCs) em Barroso?
Antes de você pensar na resposta, que parece obvia pelo título do texto, quero ressaltar que a recuperação do Rio das Mortes inclui duas ações vitais:
1º Recuperar a mata ciliar, que inclui levantamento da flora (já realizado em 2007 sob minha responsabilidade), o projeto de recuperação (já desenhando em 2011) e a execução do projeto.
2º Tratamento do esgoto via Estações de tratamento de esgoto (ETEs).
Novamente esclareço que recuperar o Rio das Mortes é emergencial e vital por n motivos (há postagens anteriores sobre o tema).
Segundo, quanto às Unidades de Conservação, constituem territórios protegidos por lei para conservação do patrimônio natural, a fim de assegurar diferentes serviços ambientais, inclusive, a manutenção dos recursos hídricos. Infelizmente há poucos remanescentes florestais no município, portanto, incentivar pesquisas sobre a biota (como já executados na Mata do Baú) são relevantes para esses remanescentes, e assim estabelecer as áreas que precisam de proteção.
Percebam que todos os assuntos abordados enfatizam recursos naturais, que incluem o solo, o qual gera a matéria prima para a indústria cimenteira, por isso empresas desse ramo possuem obrigação de investir nessas áreas, além do que a lei ambiental pede (até por que isso é obrigação, não é mesmo?).
Não tiro de forma alguma aqui a responsabilidade sobre o poder público nesse processo, mas quem tem maior poder aquisitivo também tem maior responsabilidade perante a sociedade.
Por fim, deixo claro que na minha óptica, as empresas de Cimento precisam assumir seu papel, pois como já disse na postagem anterior, se acabar o calcário do município democratizaremos pobreza e problemas ambientais em Barroso.
por Marcos Magalhães