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cartaz-combate-exploração-infantilNo último dia 18 de maio foi comemorado em todo Brasil o Dia do Enfrentamento à Exploração e ao Abuso Sexual de Crianças e Adolescentes. Números negativos e a falta de combate das autoridades marcam a data que tanto envergonha nosso país.

E em Barroso a situação não poderia ser diferente. Segundo dados divulgados pelo Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), só em 2012, foram dez casos de abuso sexual na cidade. São oito envolvendo meninas de 10 a 13 anos e dois com meninos na faixa etária de sete a nove anos. Ou seja, quase um caso por mês em uma cidade com cerca de 20 mil habitantes. Mas há uma divergência nestes números. Conselho Tutelar e Creas divergem nos dados. Casos constatados em um setor não constam no outro e vice-versa: uma divergência dos números finais que distorcem a real situação da cidade. 

De qualquer forma, são muitos. É o que afirma um técnico de referência  que trabalha e vive na cidade e que prefere não se identificar. “O que presenciamos aqui em Barroso é alarmante. São casos que envolvem pais e filhos, enfim, uma situação que está sendo desencadeada por motivos sociais e falta de combate das autoridades locais”, diz. De acordo com o profissional, muitas das vezes falta comunicação entre a chamada “Rede” e assim o sistema se torna falho. “Não posso e nem devo dar nomes, mas muitas pessoas envolvidas no combate não estão preparadas e sequer sabem lidar com a situação. Se houvesse um preparo melhor desses profissionais e um trabalho de prevenção sério, os números poderiam ser menores”, comenta o técnico que relata que os números vão além dos que foram divulgados. “Existem muito mais casos do que estes dez divulgados em 2012. Não existe comunicação na Rede e muitos dos casos não chegam a estes números finais”, explica.

De acordo com o que a reportagem levantou, no Conselho Tutelar, os números mostram apenas três casos em 2012, sete a menos do que informou o Creas, sendo que as duas repartições deveriam ter números em comum acordo, ou seja, há controvérsias entre números e casos que atrapalham o funcionamento e a divulgação real da situação em Barroso.

O que se conclui, em um conta mais abrangente, é que, em média, a cada mês uma criança é violentada em Barroso. Uma triste realidade nacional na nossa cidade.

 

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