Os gastos dos candidatos ao governo de Minas na campanha para as eleições deste ano já am de R$ 30 milhões. O valor equivale a seis vezes a quantia que a Santa Casa de Belo Horizonte busca em uma campanha para restaurar os leitos de UTI atingidos por um incêndio em 27 de junho. Sem 40 das 50 unidades de terapia intensiva danificadas pelo fogo, cerca de 200 pessoas ficam sem atendimento todo mês.
Em mais de 40 dias da campanha “Santa Causa”, apenas 30% da meta estipulada foi alcançada. A expectativa é conseguir cerca de R$ 5,4 milhões, porém, no prazo original (30 dias), foram arrecadados R$ 1,6 milhão. Por isso, a ação está sendo prorrogada até 30 de setembro.
A campanha do ex-prefeito de BH já consumiu R$ 13 milhões, o que equivale a 42,86% do total dos gastos de todos os demais postulantes ao Palácio Tiradentes. Em segundo lugar aparece o candidato do PL, Carlos Viana, que declarou R$ 6,3 milhões em despesas, seguido pelo candidato à reeleição, Romeu Zema (Novo), com R$ 5,6 milhões.
Zema, aliás, até o final da corrida eleitoral, deve ultraar os gastos que teve na campanha de 2018, quando foi eleito governador. Há quatro anos, o total de despesas do candidato do Novo foi de R$ 5,7 milhões.
Vale lembrar que a maior parte desses recursos é proveniente do Fundo Eleitoral ao qual os partidos têm direito. Para este ano, foram previstos R$ 4,9 bilhões. O fundo eleitoral foi criado em 2017 para suprir as doações antes feitas por empresas, mas proibidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2015. A verba é distribuída em anos de eleições municipais ou gerais.
Infelizmente para estes leitos não tem dinheiro e muito menos para pagar salário dignos ao corpo de enfermagem. Mas, para manter campanhas de eleição, corrupção e outras coisas ilegais, sempre tem. E, mais infeliz que o povo não aprendi a votar, pois, tem candidatos com ficha mais suja que chiqueiro e ainda tem prefeitos e vereadores que apoiam estes.